sábado, 6 de novembro de 2010

TODOS NA ESCOLA SÃO ALUNOS INCLUSOS


A educação inclusiva é para todos, portanto todos que estão nas escolas estão incluídos nela e assim sendo observe o diálogo abaixo:

Diálogo
A TÉCNICA 
-bom dia professor sou técnica da secretaria de educação e gostaria de saber quantos alunos você tem na sala de aula?
O PROFESSOR
-bom dia, aqui em minha sala são trinta alunos mais dois são incluso.
OBS: Os dois alunos na qual o professor se referiu com alunos inclusos são alunos com necessidades educacionais especiais.

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR...
Se dos 30 alunos do professor apenas 2 são inclusos ,então os 28 alunos restantes são o que?
É errado se referir apenas aos alunos com necessidades especiais como inclusos, pois na educação inclusiva todos são inclusos.
A convivência na diversidade humana pode enriquecer nossa existência desenvolvendo, em variados graus, os diversos tipos de inteligência que cada um de nós possui. O fato de cada pessoa interagir com tantas outras pessoas, todas diferentes entre si em termos de atributos pessoais, necessidades, potencialidades, habilidades, etc. é à base do desenvolvimento de todos para uma vida mais saudável, rica e feliz.


                                         LANA CRISTINA BARBOSA DE MELO

Saiba as diferenças entre os dois segmentos

                                                     Educação inclusiva

A educação inclusiva é uma educação de TODOS PARA TODOS onde se aprender uns com os outros,isto é,não é aquela  escola regular que recebe apenas os deficientes mais todas as pessoas sejam elas brancas,negras,índio,não índio,estrangeiros e por ai vai. A educação inclusiva no Brasil é um desafio a todos os profissionais de educação.
  • Envolve processos de aumento da participação e redução da exclusão de alunos das culturas e dos currículos.
  •  Reestruturação das culturas, políticas e práticas de forma que respondam a diversidade.
  • Refere-se à aprendizagem e participação de todos os alunos.
  • Preocupação com a superação das barreiras à aprendizagem.
  • Diversidade não é vista como problema a ser superado, mas como um rico recurso para apoiar a aprendizagem.

Educação especial

Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola regular, promovendo o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. Nestes casos e outros, que implicam em transtornos funcionais específicos, a educação especial atua de forma articulada com a educação inclusiva.
A oferta do atendimento educacional especializado é função da educação especial.Suas atividades podem ser ofertadas na rede regular de ensino em salas de recursos multifuncionais ou em centros especializados e diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos é com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
Em todas as etapas e modalidades da educação básica, o atendimento educacional especializado é constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino. Deve ser realizado no turno inverso ao da classe comum, na própria escola ou centro especializado que realize esse serviço educacional.
            Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. Alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.

O QUE É ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO?

            O AEE é um serviço da educação especial voltado para a vida escolar dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, considerando as suas necessidades específicas de forma a promover acesso, participação e interação nas atividades escolares. Ele constitui oferta obrigatória dos sistemas de ensino, todavia, participam do AEE os alunos que dele necessitam.
            O AEE faz uso da Tecnologia Assistiva que é uma área do conhecimento e de atuação que desenvolve serviços, recursos e estratégias que auxiliam na resolução de dificuldades funcionais das pessoas com deficiência na realização de suas tarefas. 

O QUE É SALA DE RECURSO MULTIFUNCIONAL?

            As salas de recursos multifuncionais são espaços localizados nas escolas públicas de educação básica ou em centros especializadas onde se realiza o Atendimento Educacional Especializado – AEE. Elas são constituídas de mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos, necessitando de espaço físico adequado para alocação dos materiais e para o atendimento aos alunos. Estas salas permitem que o AEE, feito no turno oposto ao da sala de aula comum, seja realizado na própria escola em que o aluno freqüenta ou em outra escola próxima a sua. .
Os alunos atendidos nas salas de recursos multifuncionais são o considerado público-alvo da educação especial e devidamente matriculados na escola seja ela estadual,municipal ou particular.

Lana Cristina Barbosa de Melo


Referências Bibliográficas

BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB
BRASIL. Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades educativas especiais. Brasília: UNESCO, 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional
De Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: MEC/SEESP, 2001.